ENTREVISTA AOS MORADORES DE ITINGA SOBRE A ESCRAVA FELICIANA
Segundo o Senhor Adair, foi vizinho do Sr.Cirilo um idoso escravo que conheceu e escrava Feliciana, menina negra, muito bonita e atraente, devido estas características que a adornam como estereótipo de beleza, que encanta o Senhor do engenho, esposo da senhora Joaquina e esta enciumada, pede aos seus escravos para atearem fogo no forno que precisava fazer uns biscoitos, porém sua intenção era outra destruir a negrinha assim chamada pela senhora e jogá-la nas brasas e deixá-la torriscar nas brasas, agindo maldosamente pelo impulso do ciúme. Ao rebanhar o gado, os vaqueiros da região, encontram a escrava Feliciana queimada na margem da lagoa. Já desfalecida, não resistindo os ferimentos, saira correndo em direção à água. Completando os relatos, o Senhor Rosalino filho do Senhor João Bonito que foi filho do Senhor Quirino, seu avó, segundo ele seu avó conheceu a escrava Feliciana e confirma esse acontecimento, e complementa que os escravos companheiros da Feliciana, antes da morte quando a vêem em graves ferimentos, cuidam dela, mas a morte é certa, então a enterram no local. Perto do túmulo existia uma árvore em cujas folhas caídas e embranquiçadas pareciam existirem umas letras, mas não sabendo ler e decifrar o mistério, imaginavam ser algo interessante. Alguns missionários que passavam na região, em missão, observam que poderá ser referentes à escrava Feliciana. Algo de extraordinário, não compreensível ao entendimento humano, acontece no local em que tudo aconteceu: os escravos, companheiros da escrava Feliciana, procurando animais, ouvem uma música suave com aroma de perfume nunca ter visto e sentido antes, e parecem ter visto a escrava em forma de luz, sorrindo para eles. Imediatamente eles elevaram suas preces intercedendo, pedindo proteção a si, e aos seus, à escrava Feliciana, e sua fama de santa e milagreira vai se estendendo por toda a região, a ponto de muitos fiéis a buscarem, visitar o seu túmulo na ocasião da consciência negra, época em se comemora o seu dia com reza do terço, novenas e folclore cultural dedicado a si, e assim segundo sua religiosidade popular vai se tornando conhecida a partir da devoção e das festividades, é o que ressalta dona Emília Terezinha. E para fortalecer este vínculo de amor e reconhecimento à escrava Feliciana, eis um poema a partir de sua história: